É isto

"Eu vou aonde me leva o meu pensamento. Talvez chegue à paz do meu coração"

19 junho 2006

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Este era inicialmente o primeiro post mas isto decidiu variar da cabeça e tive de o apagar e postar agora de novo.

Somente pensamentos vagos..



Não acredito nas pessoas. Não me orgulho disso mas não vejo como defeito,até pelo contrário, em certas ocasiões.
Aprendi a ser assim quando cresci. Fui-me apercebendo que não podemosdepositar total confiança nas pessoas. Não podemos nunca acreditar que aspessoas em determinadas situações vão agir da mesma forma que nós agiríamos. Não é assim. Nunca foi. Somos todos diferentes. Muito diferentes…
Acredito sim nos meus amigos. Mesmo assim é de salientar que não soudaquelas pessoas que intitulo de meu amigo todo o ser humano que está diariamente. comigo. Não. Tenho muitas pessoas conhecidas. Muitos colegas.Muitos companheiros. No entanto, poucos (mas bons) amigos.
Acredito sim na minha família mais próxima.
Para quê esperar de mais das pessoas? Para quê viver num mundo de ilusão? As pessoas que têm os pensamentos idênticos aos meus, as crenças idênticasàs minhas, os mesmos ideais e valores, parecem em via de extinção. Por estarazão aprendi a viver com os pés bem assentes na terra e preferir ser surpreendida pela positiva do que pela negativa. Demoro algum tempo em terplena confiança numa pessoa; em acreditar nela. Prefiro esperar o pior daspessoas e depois ver quem me dá razões para mudar de opinião. É uma espécie de auto-defesa. Sou, muitas vezes, criticada por isto mas assim sinto-mebem. Não quero andar de rastos por ter sido enganada por este ou por aquele,por o Manel ter tido uma atitude que nunca esperei, ou por a Maria (alguém a quem chamei de amiga) ter dito mal de mim nas minhas costas. Para quê isto?!Assim já sei que as pessoas em quem confio nunca irão ter uma atitudedessas. Consigo dizer por elas os seus pensamentos e as atitudes que irão tomar no futuro. E mesmo assim, mesmo com o sistema de auto-protecção nomáximo, tenho sempre receio de pôr as mãos no fogo por alguém. Nunca se sabeo que o futuro nos reserva.
Hoje cheguei à conclusão que sou mais descrente do que alguma vez imaginei. Preciso de ver para acreditar. Preciso de inúmeras provas para ter acerteza. Preciso de coisas palpáveis, que possa proteger e guardar. Prefiroo pouco, objectivo e com qualidade, do que o muito, bastante vago. No entanto, apesar desta descrença toda, sou católica praticante. Umacontradição com que me deparo e que faço esforço para não pensar nela paranão me assustar com o que posso desvendar dentro de mim.