É isto

"Eu vou aonde me leva o meu pensamento. Talvez chegue à paz do meu coração"

16 outubro 2006

Sinto frio, muito frio, vindo das minhas mais longínquas entranhas. Frio esse que me faz tremer..de frio. Que faz com que as minhas mãos não me deixem escrever claramente. Que faz com que eu não tenha um raciocínio claro e sem paragens. Que faz com que as minhas pernas não parem. E com que dois cobertores não sejam suficientes para me aliviar..deste frio. Gostaria de saber o motivo. Porque fico assim? Será problema, será defeito. Não sei. Ninguém sabe. Só sei que este texto não faz sentido. Talvez um dia o encontre.

2 Comments:

  • At 5:17 da manhã, Blogger Isabel José António said…

    Bom dia!

    Estava a "passear" pelo blog do Círculo de Poesia e vim através do nosso amigo João Firmino aqui parar.

    Gostava de comentar o seguinte:

    O frio que é descrito no texto, não deverá ser um frio só físico. O frio físico deve-se a um abaixamento de temperatura ou a alguma doença devida à subnutrição que nos texto se encontra implicita.

    O frio aqui informado e que não se sabe sequer que o texto faça sentido, deverá ter a ver com a perda da noção de quem se é. Do lugar onde se está e para o lugar onde se quer ir (ou possa ir).

    Essa perda da identidade mais profunda, leva à "desorganização" pessoal, ao sentimento de solidão ou abandono e à perda de si mesmo.

    Não há conhecimento nenhum, nem organização social que possa saber ministrar aos homens o PROFUNDO AUTOCONHECIMENTO que urgiria ministrar (ou facilitar)a toda a humanidade.

    A vida tem sempre uma constante
    Mental, física ou emocional
    É a interacção eterna e emocionante
    Entre todos os seres vivos, afinal

    Como impera a feroz competição
    Por empregos, poder, posições
    Não se funciona com o coração
    E estamos perante todas as negações

    Desde a física das partículas, até
    Aos ciclos da sagrada Natureza
    Os homens deixam de viver o que é
    Comentem toda a espécie de vileza

    Seria preciso somente a PAZ
    Nas mentes e nos corações
    Fazendo aquilo que se é capaz
    Para viver todas as emoções

    Original e muito bonito o post.

    Temos estado com um problema no Computador, mas brevemente o mesmo será resolvido.

    José António

     
  • At 3:46 da manhã, Blogger Isabel José António said…

    Caríssima Amiga,

    Peço desculpa, embora não pretenda monopolizar os comentários, gostei muito da sua resposta. Tal como suspeitava tratava-se do medo de estar "sem rede", sem saber onde se apoiar.

    Talvez isto que vou dizer não lhe diga muito, mas de qualquer forma vou dizê-lo.

    O principal apoio de que precisamos, encontra-se dentro de nós próprios. Por vezes, para facilitar um pouquinho, necessitamos que alguèm dê uma "dica", um colinho, mas o caminho e a solução, estão SEMPRE dentro de nós. Nunca fora.

    O que acontece é que estamos tão condicionados por centenas de coisas (a família, a sociedade, a publicidade, o futuro, o dinheiro, uma "boa vida a alcançar", o lixo das TVs, eu sei lá que mais) que essas coisas funcionam como "cascas" que nos impedem de aceder às soluções nos nosso interior.

    É como o Sol num dia nublado. Ele está lá, só que não o vemos nem sentimos o seu calor.

    Obrigado pelo comentário, mais uma vez, e sinta-se a si mesma, nessa profundidade que é terna, consoladora e vivificante.

    Um abraço

    José António

     

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