Sinto frio, muito frio, vindo das minhas mais longínquas entranhas. Frio esse que me faz tremer..de frio. Que faz com que as minhas mãos não me deixem escrever claramente. Que faz com que eu não tenha um raciocínio claro e sem paragens. Que faz com que as minhas pernas não parem. E com que dois cobertores não sejam suficientes para me aliviar..deste frio. Gostaria de saber o motivo. Porque fico assim? Será problema, será defeito. Não sei. Ninguém sabe. Só sei que este texto não faz sentido. Talvez um dia o encontre.
2 Comments:
At 5:17 da manhã,
Isabel José António said…
Bom dia!
Estava a "passear" pelo blog do Círculo de Poesia e vim através do nosso amigo João Firmino aqui parar.
Gostava de comentar o seguinte:
O frio que é descrito no texto, não deverá ser um frio só físico. O frio físico deve-se a um abaixamento de temperatura ou a alguma doença devida à subnutrição que nos texto se encontra implicita.
O frio aqui informado e que não se sabe sequer que o texto faça sentido, deverá ter a ver com a perda da noção de quem se é. Do lugar onde se está e para o lugar onde se quer ir (ou possa ir).
Essa perda da identidade mais profunda, leva à "desorganização" pessoal, ao sentimento de solidão ou abandono e à perda de si mesmo.
Não há conhecimento nenhum, nem organização social que possa saber ministrar aos homens o PROFUNDO AUTOCONHECIMENTO que urgiria ministrar (ou facilitar)a toda a humanidade.
A vida tem sempre uma constante
Mental, física ou emocional
É a interacção eterna e emocionante
Entre todos os seres vivos, afinal
Como impera a feroz competição
Por empregos, poder, posições
Não se funciona com o coração
E estamos perante todas as negações
Desde a física das partículas, até
Aos ciclos da sagrada Natureza
Os homens deixam de viver o que é
Comentem toda a espécie de vileza
Seria preciso somente a PAZ
Nas mentes e nos corações
Fazendo aquilo que se é capaz
Para viver todas as emoções
Original e muito bonito o post.
Temos estado com um problema no Computador, mas brevemente o mesmo será resolvido.
José António
At 3:46 da manhã,
Isabel José António said…
Caríssima Amiga,
Peço desculpa, embora não pretenda monopolizar os comentários, gostei muito da sua resposta. Tal como suspeitava tratava-se do medo de estar "sem rede", sem saber onde se apoiar.
Talvez isto que vou dizer não lhe diga muito, mas de qualquer forma vou dizê-lo.
O principal apoio de que precisamos, encontra-se dentro de nós próprios. Por vezes, para facilitar um pouquinho, necessitamos que alguèm dê uma "dica", um colinho, mas o caminho e a solução, estão SEMPRE dentro de nós. Nunca fora.
O que acontece é que estamos tão condicionados por centenas de coisas (a família, a sociedade, a publicidade, o futuro, o dinheiro, uma "boa vida a alcançar", o lixo das TVs, eu sei lá que mais) que essas coisas funcionam como "cascas" que nos impedem de aceder às soluções nos nosso interior.
É como o Sol num dia nublado. Ele está lá, só que não o vemos nem sentimos o seu calor.
Obrigado pelo comentário, mais uma vez, e sinta-se a si mesma, nessa profundidade que é terna, consoladora e vivificante.
Um abraço
José António
Enviar um comentário
<< Home